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Como escrever pode nos ajudar a elaborar sentimentos

O hábito da escrita pode ser uma ferramenta poderosa para lidar com angústias e traumas
Foto: Pixabay

Você já teve o hábito de escrever em diários? Talvez, boa parte das pessoas respondam que, durante a adolescência, sim, mas na vida adulta isso deixou de fazer sentido.

Passei parte da minha juventude escrevendo em cadernos as minhas experiências. Atualmente, eles estão guardados em uma caixa onde, vez ou outra, dou uma lida. Confesso: às vezes sinto vergonha de reler as minhas falas adolescentes; outras vezes, dou boas risadas e, em outros momentos, sinto uma saudade imensa daquela rotina que já não faz mais parte da minha vida. A escrita é, neste caso, uma forma de memória afetiva.

Por isso, resolvi nos últimos tempos, resgatar esse hábito de escrever em caderno, falar sobre sentimentos, colocar no papel as angústias, tristezas e, claro, as alegrias e satisfações sentidas. Já li em sites de Psicologia e ouvi de profissionais da área, como o exercício da escrita pessoal pode ser terapêutico e, inclusive, alterar respostas fisiológicas a doenças crônicas.

De fato, escrever - sem o compromisso de se tornar um autor de best-sellers ou, ainda, sem a obrigação de que outras pessoas leiam - ajuda a dar "forma" aos nossos sentimentos. Ao escrever, realizamos uma catarse: colocamos as raivas e as tristezas no papel, por mais que sejam dolorosas, e relatamos experiências positivas que podem fortalecer o nosso sentimento de gratidão em relação à vida.

Nesse tempo de coronavírus, em que andamos angustiados e cercados por incertezas, que tal começar a escrever sobre o que você sente

A seguir, listei cinco ideias de como você pode realizar a escrita terapêutica:
1) Escreva cartas para o seu eu do passado ou, para o seu eu do futuro, falando como você se sente e quais são as suas perspectivas
2) Escreva cartas para pessoas que te magoaram ou fizeram você feliz 
3) Escreva cartas para pessoas que já faleceram, mas tinham um papel importante na sua vida
4) Se você gosta que as pessoas leiam o que você escreve, aprenda como criar um blog ou relate suas experiências nas suas redes sociais
5) Para quem não gosta de escrever textos, comece fazendo listas como, por exemplo, "Três coisas boas (ou ruins) do meu dia" ou faça frases curtas sobre isso

Não se esqueça que, neste processo, o auxílio de um profissional da área de saúde mental: psicólogos, psiquiatras e terapeutas, são sempre de grande ajuda.


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