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Viajar sozinha para Salvador: coração do Brasil

Um texto com dicas para mulheres que desejam viajar sozinhas
Foto: Cris Mendonça/ Arquivo pessoal

Férias de janeiro, longos dias de chuva em Minas ( veja como ajudar os desabrigados aqui) e a vida insistindo em apertar o nosso coração. Muita água lá fora, muitas lágrimas aqui dentro. Onde espairecer? A resposta começa no coração, mas as coordenadas podem ser encontradas no Google.

Em janeiro, todos os pacotes de viagem são caros, por isso é preciso pesquisar e pesquisar. E lá estava Salvador: uma cidade que sempre tive vontade de conhecer, com uma previsão de tempo ensolarada e um preço acessível.

Porém, quem me acompanharia? A resposta eu já sabia: eu mesma. Não seria a primeira vez que eu faria um roteiro turístico sozinha, mas era a primeira vez que eu iria para outro estado sem amigos ou companheiro.

Avaliação dos hóspedes sobre o hotel no Google, dicas de passeios turísticos, praias limpas indicadas para banho, dicas de segurança e um city tour com uma empresa bem avaliada para conhecer o circuito turístico, são algumas das dicas que eu daria para uma mulher que deseja viajar sozinha. O meu conselho é se munir do máximo de informações em sites de fontes confiáveis como Tripadvisor, por exemplo. E, claro, se puder contar com as recomendações de quem já visitou a cidade, melhor ainda!
 
Informação na cabeça, entusiasmo no coração e a mala pronta. Partiu, Salvador! E o que dizer da primeira capital do Brasil? Tive a sorte de curtir um céu azul e ensolarado e contar com a tão elogiada hospitalidade nordestina. Os soteropolitanos são simpáticos e sempre dispostos a oferecer informações relevantes para quem é turista. Obviamente, em cada ponto turístico, você é abordado pelos vendedores ambulantes, muitos deles, cadastrados pela Prefeitura Municipal, mas é preciso ser firme, se a intenção não é comprar.

No city tour, conheci o Pelourinho, o elevador Lacerda, o Farol da Barra, a Igreja do Senhor do Bonfim e as fitinhas coloridas, cheias de sonhos e desejos, a lindíssima e impressionante Igreja de São Francisco, decorada com 850 quilos de ouro, a tradicional sorveteria da Ribeira, onde apreciei um sorvete de cajá delicioso, o Mercado Modelo, e fui, literalmente, ao Tororó

A orla está ali para todos os gostos: fui à praia do Flamengo, com fortes ondas para curtição dos surfistas; à praia da Barra, com uma faixa de apenas 600 metros, onde a água é transparente e calma. E nos arredores da cidade, muitas e muitas outras praias. 

Dica de segurança
A tecnologia também é uma grande aliada já que, se bem utilizada, nos deixa mais seguras. Compartilhar a viagem pelo Uber com conhecidos, avisar para onde você está indo e que chegou bem, observar o histórico do motorista do aplicativo de transporte e evitar lugares ermos também são práticas bem-vindas.

Serviços turísticos para Salvador
Comprei o pacote completo pelo site da Decolar, incluindo viagem de avião ida e volta, translado ida e volta do hotel – aeroporto, city tour de um dia pela cidade e um seguro de saúde.

Fiquei hospedada no Quality Hotel São Salvador. Limpeza impecável, café da manhã com inúmeras opções e piscina deliciosa para curtir o final do dia. O hotel fica localizado no bairro Stiep, o que demanda pensar no transporte. Sugiro o aluguel de carro ou contratar city tours para que as despesas com locomoção fiquem menores, já que as melhores praias ficam mais afastadas do Quality.

O city tour e os translados foram feitos pela empresa Luck Receptivo Salvador. Serviço pontual, acompanhamento pelo WhatsApp e colaboradores simpáticos.

Além do roteiro turístico
Viajar sozinha, para mim, é uma experiência de autoconhecimento e coragem. É curioso perceber como as pessoas ainda se espantam ao ver uma mulher fazer as malas e sair por aí sem acompanhantes. Sentar na mesa de um bar, tomar sol, dar um mergulho no mar e caminhar pelos lugares requer gostar de se manter no momento presente. Apreciar a paisagem, se permitir ao próprio silêncio, dar um oi aos amigos pelo WhatsApp e, claro, bater um papo com as pessoas que cruzarem seu caminho que também estejam abertas ao diálogo. Inclusive, conheci outras três mulheres também viajando sozinhas: duas de São Paulo, com 22 anos de idade cada; e uma do Rio, com 33 anos, que nos contou já ter feito mais de onze viagens nesse formato, inclusive para outros países. Enfim, com o coração aberto, você conhece um pouco mais de um lugar e sua história, mas também aprende um pouco mais sobre o ser humano. Na volta, a bagagem mental sempre volta mais leve!

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