Em alguns momentos precisamos apenas de silêncio e paz! Silêncio dos outros em relação a nós, já que no meio de tantas vozes deixamos de nos ouvir. Silêncio amoroso de quem acredita na sabedoria precisa do passar do tempo a nos ensinar mais que qualquer conselho!
Cada um, no seu mapa particular, tem o tal caminho certo a seguir e ele não carece de bússolas alheias. Muitas vezes, quando o assunto é a experiência do outro, fazer silêncio e ouvir sem julgamento é a melhor forma de demonstrar amor!
Silêncio, às vezes, é o melhor dos amigos, pois não faz julgamentos e usa apenas dois ouvidos. O outro não é, não deixa de ser, não será, não devia e não entende...O outro apenas segue o caminho dele tendo o direito, o privilégio e a dor de suas próprias descobertas! E, talvez, alheio às palavras externas seja possível seguir o próprio instinto tendo o divino direito de acertar, falhar e concluir uma história cujo guia foi o seu coração!
É no silêncio, meu e diante do outro, que se humaniza. Feito a mãe que não pode impedir o filho de sair de casa para descobrir o mundo e com o coração apertado, apenas diz:
_Eu estarei aqui quando você precisar!
Mas quando o filho retorna à procura de um conselho, ou ainda, de um silêncio e dois ouvidos, seja possível encontrar a paz! A paz de poder ter escolhido errado, acertado e seguido! A paz vinda do direito de sermos únicos, de termos cada um nosso lado divino e profano. E, assim sendo, não nos sentirmos obrigados a dar opinião sobre as escolhas dos outros.
Não por acaso, os psicólogos se aprimoram na arte de ouvir mostrando como o exercício da escuta pode curar mais que dar conselhos. Quando o outro fala, eu aceito ouvir sem instruir! Eu entendo que nem toda fala ou escolha necessita de aprovação. Eu permito ao outro se ouvir, e quando ele se ouve, ele escolhe baseado nas verdades mais íntimas. Aceito que ele acesse a própria voz e caminhe em busca da própria paz!